segunda-feira, 9 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Sei que o dia internacional da mulher foi ontem, mas eu não consegui pensar em nada pra postar... Mas depois de ler o texto da Thathy do Intensidade eu tenho que falar, isso que é mulher de verdade! Vejam se não concordam comigo:

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DESEJO VERSUS DESEJAR


o que nós queremos?!

ter um filho?
um amor?
uma família?
um emprego?
uma renda fixa?
ter amigas?
ser reconhecida?
ser valorizada?
ser um modelo?
ter um cabelo legal?
estar em forma?
ganhar presentes?
estar em paz?
ser saudável?
ter o que deseja?
desejar o que se tem?

Hoje é o nosso dia mas o que vamos comemorar? Nas últimas décadas tivemos várias conquistas: conquistamos o direito de trabalhar fora de casa, o direito ao voto, a liberdade de escolhermos nosso parceiro [ou parceira] amoroso, o desejo de querer ou não ter filhos, a liberdade de fazer ou não sexo…

MAS o que estamos realmente fazendo com os direitos que adquirimos?

Eu não sou conservadora - longe disso - e por trabalhar com grupos de mulheres que exercem vários papéis [mães, irmãs, empregadas, amantes, esposas, etc] percebo uma falta de equilíbrio crescente e desarmoniosa entre o que se quer e o que se é.

Nós mulheres almejamos a liberdade que os homens possuem, mas não sabemos lidar com as consequências dessa liberdade.

Ao elegermos o ‘jeito de ser masculino’ e as conquistas que os homens possuem, como nossos ideais de comportamento e ação, acabamos por masculinizar o nosso jeito de ser!

Ao buscarmos fazer e viver como os homens… o equilíbrio entre nós se desfaz…. eles ficam confusos sobre o que podem ou não fazer para nos impressionar, em contrapartida a nossa feminilidade vai pro brejo, por acharmos que não devemos demonstrar emocionalidade, amabilidade, etc…

Nós funcionamos de um modo diferente… desde o funcionamento físico, biológico até o emocional, o comportamental. Nós possuímos fases, ciclos… nossos humores mudam, nosso corpo muda… Os homens não: eles possuem uma constância hormonal, eles são ‘programados’ para agirem tde acordo com suas metas. nós somos programadas para analizarmos diversas possibilidades… antes de atingirmos nosso objetivo final…

Um exemplo claro dessa incapacidade de lidar com a liberdade é através da música: Antes eramos cantadas pela feminilidade, sensibilidade, mistério… Hoje em dia… quais qualidades são musicadas?! Somos vulgarizadas, nossas características físicas e nossos segredos entre quatro paredes são expostos para quem quiser ouvir… E achamos normal nossas crianças ouvirem esse tipo de ‘verdade sobre as mulheres’ e não nos inibimos ao dançar o creu nível 5. Nós dançamos e agimos conforme a música manda, sugere.

A evolução levou milhares e milhares calibrando nossos hormônios e corpos para que fôssemos aptas a gerarmos filhos saudáveis na nossa fabriquinha de bebês… nossos instintos foram aprimorados para que pudéssemos ouvir ruídos baixos, sentir amor por pequenas cópias nossas, nos deu vários atributos e qualidades para que fossemos mais sociáveis, mais amorosas, mais pacientes… mais atraentes… tudo isso para que tentássemos inverter a ordem natural das coisas e agir como homens?! achando que estamos exercendo nossa individualidade e liberdade de expressão se embebedando, dando pra qualquer um e vomitando na sarjeta?!

Nam, nam, nam…

Eu, como mulher vou comemorar minha capacidade de ter uma pele macia, uma voz agradável e um jeito de lidar com as adversidades de forma inteligente e mui criativa… ao invés de procurar celebrar como os nossos amados trogloditas peludos… ;)

e olha que não sou conservadora.

só sou partidaria do equilibrio entre os sexos.


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Essa mulher eh demais!

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